quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Amor, reflete em mim!

“O amor é o espelho da minha vida, é o único sentimento que reflecte em mim. É o que vive no meu coração e que luta contra a dor. A vida junta com o amor, não dá para dizer "NÃO" a coisas boas.

Se amo, porque alguém me ama, tem o amor; se amo, para que me amem, tem fruto; se amo, porque alguém me ama, é obrigação. Amo, porque amo, e amo para amar. Quem ama porque o amam é agradecido. Quem ama, para que o amem, é interesseiro: quem ama, não porque o amam, nem para que o amem, é uma coisa má.
Antes, a minha vida só tinha o valor que os sonhos lhe davam.
Que amo eu, quando te amo? A minha vida sem a pessoa que amo ao meu lado não é nada, não é a minha vida, porque a minha vida é outra. Eu não escolho uma pessoa por ter beleza, nem a claridade da luz, essa luz a meus olhos tão cara; nem as doces melodias, nem o suave cheiro das flores, dos perfumes ou dos aromas, nem o mel. Nada disto amo, quando te amo.
E contudo, amo uma luz, uma voz, um perfume, um alimento e um abraço que está dentro do meu coração, livres e soltos.
Algumas vezes, preciso de inventar o teu rosto e quando não consigo, lembro-me de ti.
Não consigo imaginar uma pessoa inteira, porque não sou uma sem ti. Não consigo imaginar um rosto quando não sei que expressão de rosto preciso.
Uma vez escrevi num papel que queria ler a tua vida até à última página e consegui lê-la. Há uma alegria estranha em mim por tudo se ter passado como se passou e por ter sido certamente essa a maneira correcta, porque de outro modo não existia esta força, alegria e certeza dentro de mim.
Também escrevi nesse mesmo papel que durante a minha vida tornaste-te de tal maneira um pedaço de céu cobrindo-me e quando eu olhava para cima, estavas comigo. E mesmo que eu estivesse numa masmorra, esse pedaço de céu estaria distendido dentro de mim e o meu coração haveria de voar como um pássaro livre para esse céu e por isso é tudo tão simples, belo e pleno de sentido.
Não há regras gerais para nenhum destes deveres que trazemos escondidos em nós e que transmitimos àqueles que nos seguem sem jamais os esclarecer. Na medida em que estamos sós, o amor e a morte tocam-se.”

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